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O pior de tudo, para um homem, é quando a própria sombra fica zangada, tão rufia, a enjeitar o busto que a procura, numa lentidão rígida de bronze, tão esquiva, como uma criança atravessa a rua sem olhar, esfumando-se depois por temer carneirinhos de nuvens.
E, na tracejada mudez da chuva antes do chão, o pior, do pior de tudo, para esse homem, é sentir a própria sombra, aquela mesma, a remexer-lhe nos bolsos da alma, sabendo-se ali haver nada.
- Devaneios, James?
- Ah, estavas aí?!
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